CONGRESSOS NACIONAIS DE CENTROS
DE FORMAÇÃO DE ESCOLAS
VIII Congresso Nacional
dos Centros de Formação de Associação de Escolas
19 e 20 de Maio de 2006
VISÃO E MISSÃO DOS CFAE
A (DES)CENTRALIZAÇÃO, AS MUDANÇAS E AS PESSOAS
ALGUMAS CONCLUSÕES
Foi ACÇÃO este VIII Congresso Nacional dos Centros de Formação de Associação de Escolas no 19 e 20 do Maio quente de 2006. Da ACÇÃO vem o agir, que é trabalho, luta e acto de fé. Há uma MISSÃO e as pessoas encarregadas dela estiveram presentes. Reuniram-se Professores em missão especial e em missão oficial também…. e PORQUÊ? Para VER e DAR A VER. Foi a VISÃO num ver com bons olhos…
Concretizou-se então o PERCURSO planificado: o Professor Júlio Pedrosa desvelou alguns novos desafios de Educação e Sociedade e a Drª Berta Rafael falou das Novas Oportunidades para uma qualificação.
Todavia, correram-se os olhos pelos resultados dos alunos, a Professora Glória Ramalho veio com os indicadores do P.I.S.A. e, pisada sobre pisada, sentiram-se algumas pisadelas, cuja dor vai decerto desencadear diagnóstico de curativos eficazes…
Urgia o intervalo de almoço restaurador de forças (e também de fé báquica…). Para recomeço, José Baratae Conceição Primo puseram em relevo o contributo da formação para as mudanças nas práticas profissionais a nível de pessoal não docente.
O Ensino Experimental das Ciências e o Impacto Internacional veio dar voz ao orgulho devido a um efeito escola conseguido e não foi só na boca do Dr. João Fidalgo que esteve a referência ao Clube Ambiente e Vida, uma vez que se concretizava um ambiente de vida das coisas da educação, percorrendo os caminhos da formação adequada à sociedade do século XXI, demonstrando como as TIC e o seu domínio respondem a necessidades actuais (com mais ou menos tiques…), cumprindo-se os CFAE num contributo válido pela eficácia demonstrada. A mudança dos contextos de aprendizagem exige mudanças nas estratégicas de actuação.
Que me perdoem aqueles cujos nomes não menciono e que todo o mérito mereceram pela competência das comunicações e pelo entusiasmo com que testemunharam sobre os assuntos da formação em que se aprende para levar à aprendizagem. Foi no cristal das palavras que se ouviu sobre matemática e música; sobre a construção de uma casa comum mais alargada na dimensão europeia da formação de professores; sobre Interact em voo de Ganso, através da metáfora dos «gansos selvagens [que] voam em formação V para obter maior rendimento de voo, mais coesão, melhor liderança, maior harmonia e muito apoio»… Deste modo, como diz O’Neil,
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
(…)
E assim se constrói a pirâmide na dupla significação de integração e convergência, num crescimento vivo, que, na comunicação referida, culmina em voo – o de um voador que «arrisca, experimenta e adapta».
Também viagem em bater de asa é a do livro e a dos percursos de leitura com a importância de uma rede escolar de bibliotecas. O percurso teve degustação de aspectos essenciais que aqui, neste agora, só podem ser brevemente referidos.
Ouviu-se sobre formação, formandos, formadores, projectos de sustentação do saber partilhado como meio de multiplicar esse saber e de adquirir competências, numa Missão, ganhando asas, sempre, para novos voos.
20 de Maio, de manhã mais fresca, trouxe o anúncio de um final de Congresso que nunca será um fim de história, antes descanso de vozes até uma próxima vez, para continuar a cumprir a missão.
Formularam-se questões com vista à resolução de problemas como resolver o absentismo e abandono escolar em Portugal ou onde se ganha e se perde a formação de professores. É sempre um cordão de perguntas ininterruptas, assegurando uma continuidade inquebrável.
A Comissão Organizadora apresentou as propostas de futuro dos CFAE, com a promessa de continuidade de uma dinâmica que passa por metas a atingir a médio e curto prazo, que convergem no desempenho eficiente e eficaz dos profissionais da educação.
É a esperança que nos motiva para a meta. A validade de mais um percurso feito é ratificada por estas palavras de Balzac:«A esperança é uma memória que deseja».E que outra palavra se poderá acrescentar com pertinência? Confiança. Confiança na missão assumida. Confiança que motiva a perseguição dos sonhos.
CONFIANÇA
O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura…
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova…
Miguel Torga, Antologia Poética (Cântico do Homem)
Maria de Lurdes Gouveia da Costa Barata
Fundão, 20 de Maio de 2006